19 de jul. de 2013

Você não me entende ?!




Há tempos que a interpretação de textos e diálogos está de mal a pior.
As pessoas estão com sérias dificuldades para entender mensagens por meio de textos, discursos, conversas (sejam formais ou não), etc.
Talvez seja por isso que o jornalismo televisivo se adaptou tanto que hoje um conteúdo provido por esses profissionais mais parece um papo de boteco do que uma reportagem ou matéria.
Nunca estivemos tão reféns de interpretações erradas, como o típico viés cognitivo muito comum hoje em dia, a famosa indireta via rede social que no fim das contas nem era contigo e que você jurava ser um ataque pessoal e público contra a sua pessoa.

Pois bem, muitos afirmarão que a culpa desse fenômeno está ligada à preguiça das pessoas em ler com calma os textos, abstração para interpretação, etc. Eu discordo, pois além disso, na minha opinião trata-se de uma consequência do modo como conduzimos nossas gerações, como transformamos a nossa sociedade, como absorvemos informações e toleramos pessoas ineficientes em comunicação.

Outro dia li essa frase e no exato momento fiz um link com essa minha opinião, vejam se eu não tenho razão:
"A geração anterior era treinada para entender ambientes. Quando uma criança aprontava, os pais olhavam feio e ela precisava sacar o que tinha feito. Agora, quando uma criança leva bronca, os pais explicam o porquê, eles ‘lêem’ o ambiente por ela. A consequência é a dificuldade de entender sozinha o contexto de uma situação"

Tal fenômeno tem sido reproduzido nas escolas, onde o professor apenas “passa” o conteúdo e não propõe debates ou interações entre os alunos. Nas empresa, onde as diretrizes vem em forma de ordens imutáveis.

Faça diferente, estimule seus filhos, alunos, funcionários a interpretar melhor os textos, diálogos, expressões faciais, ambientes, etc. Caso contrário, serão todos robôs chatos, intolerantes e críticos daqueles sem opinião.

18 de jul. de 2013

A melhor expedição do mundo




Adoro os mercados, não me refiro aos mercados onde compramos alimentos no varejo, mas sim aos diversos ramos da indústria, do comercio e dos serviços.
Outro dia em minhas observações tive o prazer de ser atendido pelo melhor setor de expedição (retirada de materiais) do mundo. Foi numa dessas lojas de produtos eletroeletrônicos para o lar.
O atendimento comercial, aquele prestado pelo vendedor, foi algo entre bom e razoável, ou seja, dentro de um padrão de eficiência e qualidade. Fiquei satisfeito.
Porém, após pagar pelo material (que fique claro que não comprei nenhuma Smart TV enorme caríssima, pelo contrário, comprei um produto barato e absurdamente popular), foi recomendado que eu retirasse no balcão de retiradas, que aqui vou chamar de expedição.
Ao me aproximar do balcão, o atendente já pronunciou meu nome e disse para eu aguardar um pouco que a nota fiscal já estava sendo impressa.
Nesse pequeno intervalo, o produto já estava sobre o balcão e ele pediu a minha autorização para abrir a embalagem diante de mim para conferirmos os conteúdos dela bem como ele me apresentar algumas funcionalidades básicas.

Atentem para o detalhe:  Não se tratou de uma abordagem à lá “garçom amigão” (aquele que insiste em te oferecer algo desnecessário como encher seu copo) nem de “atendente de telemarketing” (que quer te oferecer, com aquela lábia manjada, algo que você não quer); Nada disso, a única coisa em troca que ele queria era a minha satisfação. Essa seguramente é a meta ali, é o que lhes motiva, o que faz eles agirem assim, sem um centavo sequer envolvido.

Esse breve relato serve para você reavaliar todos os pontos do atendimento prestado pela sua empresa. Pois nada vai adiantar você treinar todos os balconistas (vendedores) da sua padaria se no final do processo de compra eu for atendido de forma diferente (negativa) no caixa quando eu for pagar a minha conta.

Toda a experiência de compra deve ser agradável, de ponta a ponta.