13 de fev. de 2015

Segure as pontas !




Dalai Lama, exemplo de controle dos impulsos

É fato: Os ambientes corporativos estão cada vez mais competitivos, cruéis, frios e até canibais.
Ouço diariamente pessoas reclamando da falta de entrosamento com os demais membros de suas equipes ou então, quando os possuem, são entrosamentos falsos, superficiais e obrigatórios.

Hoje, dentro dos ambientes de trabalho as pessoas tem feito de tudo para obter sucesso em suas carreiras. E o pior, as companhias erroneamente adoram isso pois classificam esses ambientes como competitivos e estimulante para obter resultados, que para qualquer empresa se resume em vendas. Mas isso não é nada bom e não gera incremento nos resultados, vou tentar explicar:
Colocar pessoas se confrontando num ambiente de trabalho é muito ruim para a empresa, pois as pessoas mudam seus objetivos (não vou escreve “mudam o foco”) e deixam as metas da empresa de lado e passam a priorizar as próprias, além de prejudicar boa parte do psicológico das pessoas envolvidas com a equipe.
Você pode até não notar, mas em qualquer grupo normalmente há entre 40 e 70% de pessoas sensíveis, não competitivas e até despreparadas para enfrentar essa clima de gladiadores.

Se você se identificou como pertencente a essa porcentagem que passa por essas dificuldades diante de competições tão ferrenhas? Não desanime, há solução !

Para você sobreviver neste insalubre ambiente onde são constantes as piadinhas de mal gosto, atitudes e palavras desafiadoras, combatividade excessiva, modismos, autopromoção e provocações explicitas; Você tem que exercitar resiliência.

A resiliência é um conteúdo psicológico definido pela capacidade do indivíduo ao lidar com problemas, superar obstáculos e principalmente resistir à pressão de situações adversas, sem desenvolver um surto psicológico.
Para alguns, é uma tomada de decisão adotada quando alguém se depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças para enfrentar adversidades. Assim, definem como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.

Abaixo obtive explicações pontuais no wikipedia para cada etapa/setor dessa qualidade tão necessária para os dias atuais

- Administração de emoções
Refere-se à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que leem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação. Segundo esse autor, quando essa habilidade é rudimentar, as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos e com frequência desgastam, no âmbito emocional, aqueles com quem convivem em família ou no trabalho.

- Controle dos impulsos
Um segundo fator é o controle de impulsos, à capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema neuromuscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente pela experiência de uma emoção. O autor explicita que as pessoas podem exercer um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, visto que esse sistema está vinculado à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle de impulso garante a autorregulação dessas emoções ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções, tornando o grau de compreensão do autor mais sensível e apurado mediante a situação.

- Otimismo
Um terceiro fator é otimismo. Nesse fator, ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.

- Análise do ambiente
O quarto fator é a análise do ambiente. Trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.

- Empatia
A empatia é o quinto fator que constitui a resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos)(colocar-se no lugar do outro).

- Autoeficácia
Autoeficácia é o sexto fator, que se refere à convicção de ser eficaz nas ações propostas. ex: Um homem alcoólatra propõe a si mesmo colocar em prática um destino longe desta doença pela seguinte ação convicta: não dar o primeiro gole.

- Alcance de pessoas
O sétimo e último fator constituinte da resiliência é alcançar pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso.

Para tal, desenvolta:
Autocontrole - capacidade de se administrar emocionalmente diante do inesperado. É amadurecer no comportamento expresso, uma vez que será esse comportamento que irá ser lido pelas outras pessoas;
Leitura corporal - capacidade de ler e organizar-se no sistema nervoso/muscular. É amadurecer no modo de lidar com as reações somáticas que surgem quando a tensão ou o estresse se tornam elevados;
Otimismo para com a vida - capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos. É a maturidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão está fora de suas mãos;
Análise do ambiente - capacidade de identificar e perceber precisamente as causas, as relações e as implicações dos problemas, dos conflitos e das adversidades presentes no ambiente;
Empatia - capacidade de evidenciar a habilidade de empatia, bom humor e de emitir mensagens que promovam interação e aproximação, conectividade e reciprocidade entre as pessoas;
Autoconfiança - capacidade de ter convicção de ser eficaz nas ações propostas;
Alcançar e manter pessoas - capacidade de se vincular às outras pessoas sem receios ou medo de fracasso, conectando-se para a formação de fortes redes de apoio e proteção;
sentido de vida - capacidade de entendimento de um propósito vital de vida. Promove um enriquecimento do valor da vida, fortalecendo e capacitando a pessoa a preservar sua vida ao máximo.

Não é fácil, eu sei. Mas garanto que não é impossível. Exercite !

Sobre não escrever a palavra “foco” no lugar de “objetivo”, explico: Para mim, foco está relacionado a óptica, e não a direcionamento. Em fotografia você pode não ter foco numa imagem mas mesmo assim o objetivo estará lá apontado e é conhecido.

Um comentário:

Unknown disse...

Preciso praticar e exercitar muito essas dicas. Valeu!!