Por natureza, vendedores são tão ansiosos por resolver tudo a qualquer preço que movem montanhas e criam exércitos em prol de seus objetivos.
Um bom vendedor sempre procura resolver as questões do
dia-a-dia comercial da maneira mais rápida, e isso é muito bom. Pois o gerente
sai do pé, a empresa lucra mais, os números de faturamento teoricamente ficam
bons, etc.
Porém atitudes assim se tornam um problema quando essas não
precisam ser assim (tão rápidas). Colocando todo esse teórico ambiente
harmonioso e vencedor numa vala sem saída.
Explico: Há uma tendência natural em classificarmos tudo
como urgente. Isso é tão cativante e inevitável que é muito comum em qualquer ambiente
corporativo.
Todos somos atraídos a proceder de forma afoita, pensando em
eficiência e rapidez; Mas o perigo é quando nem sempre procedemos da melhor
maneira para a questão.
Nosso nível de exigência e controle da qualidade do que executamos
é levado ao mínimo por essa pressão por resultados rápidos, e isso acontece
talvez por termos receio de uma próxima avalanche de trabalho vir e se
acumular. Fazemos tudo sem atenção, apenas para nos livrarmos do trabalho (para
satisfação da gerência/diretoria e não do cliente final externo).
Muitas vezes toda essa agilidade pode nos trair e colocar um
processo interno inteiro em confronto, levando a empresa a um colapso quase
irreversível.
É perigoso, um verdadeiro problemão para as empresas, quando
seus profissionais passam a não respeitar mais determinações, regras,
cronogramas, logísticas e demais etapas envolvidas; Quando aquele famoso atalho
quebra galho se torna padrão, tão comum que ninguém mais é capaz de acreditar
que existam outras formas além dos famosos favores.
Pior ainda é quando as demais pessoas envolvidas (de outros
departamentos) se tornam vítimas dos sintomas da ansiedade do profissional de
vendas, entrando literalmente na guerra sem estarem preparadas para tal, assim,
acabam por nomear os clientes como os inimigos da instituição e de si próprios.
Na enorme maioria, esses colapsos tem suas origens
no departamento comercial. Muitos podem até discordar disso, afirmando que
engenharia, produção, etc também exigem prazos em tudo e o tempo todo. Mas
apressam porque? Para respeitar prazos acordados comercialmente.
Não há como fugir, tudo começa e termina na venda !
Mas o vendedor pode perguntar: O que devo fazer então? Não
posso deixar de ter esse “pique” por vender e ao mesmo tempo não devo
“acelerar” as pessoas das quais dependo?
Respostas:
- Antes de qualquer coisa, faça de tudo mas não perca o
“pique” de vender; Se perder, mude de profissão;
- Saiba agregar valor ao trabalho alheio, você sempre
dependerá de outras pessoas mais do que de você;
- Antes de preços, negocie prazos (com o cliente e com o
pessoal interno);
- Evite quebra-galhos em série, paute o seu trabalho no
correto e formal.
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