17 de abr. de 2013

Criando nichos


Uma prática bacana de algumas empresas sempre foi aquele esforço em buscar e atender determinados nichos de mercado. Aquela famosa corrida para abocanhar a parcela dos consumidores com hábitos diferentes da massa que normalmente são esquecidas por todas as empresas, mas que algumas se atentam e ganham um bom dinheiro com isso.
Agora surgiu uma nova moda em algumas empresas, ao invés de buscarem por fatias perdidas no mercado, estão querendo criá-las. Ou seja, incutem no consumidor uma necessidade que ele nunca teve e nem teria.

Ok, eu sei que essa é uma prática antiga e que não é nenhuma novidade despertar no consumidor algo que nele não existia. Mas nos dias atuais estão abusando, está evidente que passaram de um limite aceitável.

Um exemplo bem recente: Uma consolidada marca de um grupo multinacional do setor de cuidados pessoais está querendo criar um novo padrão de estética masculina com clara intenção de vender seu mais novo produto. E assim afirmam que você, que tem pêlos no peito, é um nojento.

Pode até ser verdade ! Mas o objetivo desse artigo não é propor debates sobre gostos pessoais tampouco o que cada um julga ser legal, bom, ruim ou péssimo.
Mas o que quero expor é o quanto direta foi a intenção da empresa: “Vou afirmar isso e, se trabalharmos bem o conceito, muitos seguirão essa tendência”.

Assim seguramente uma boa parte da população jamais contestará isso, vai mudar de hábito só para atender a essa nova conduta, os homens depilados.

Passada essa fase, quando esse novo padrão for difundido e se tornar saturado, a empresa partirá para outro conceito qualquer para convencer mais consumidores.

Assim segue o mercado, promovendo produtos que amarram legiões de fãs e até mesmo tornam consumidores em viciados por produtos da marca.
É só reparar como atualmente temos muitos reféns de carros recém lançados, smartphones mirabolantes, marcas de grife, cervejas preferidas, operadoras de TV a cabo, etc.

Para concluir o pensamento; Se um produto/serviço da sua marca não tem um mercado para atender, invente-o.




Nenhum comentário: